O transtorno bipolar é uma doença crônica que vai muito além das mudanças bruscas de humor. Ela coloca a vida do paciente em risco, especialmente por conta dos pensamentos suicidas e da impulsividade. E afeta o funcionamento mais apurado do cérebro.
A falta de tratamento sobrecarrega o órgão e faz com que ele perca algumas funções muito importantes. Reconhecer a seriedade do cuidado com essa condição, portanto, é o primeiro passo para se proteger de situações do tipo.
Veja quais são os impactos ao não tratar a bipolaridade e entenda mais sobre o assunto!
Por que a falta de tratamento pode prejudicar o cérebro?
O transtorno bipolar é preocupante não apenas por causa da perda de qualidade de vida que gera, mas também pelos impactos que pode causar ao cérebro. A falta de tratamento adequado para o quadro compromete seriamente a condição física da massa encefálica e pode gerar danos irreversíveis.
Quando uma crise de depressão ou mania acontece, advém a liberação de substâncias no organismo, inclusive naquele órgão mais importante do corpo. Há um prejuízo bem intenso, tanto para as conexões cerebrais quanto para os neurônios em si. Uma vez que eles sejam destruídos, não podem ser recuperados tão rapidamente. E se isso acontece de maneira prolongada, o resultado é que a estrutura ficará cada vez mais prejudicada.
Há, também, um aumento do estresse em todo o organismo. A confusão de sensações e a intensidade emocional exacerbada fazem com que o corpo saia do seu ponto de equilíbrio. Eventualmente, isso determina prejuízos ao cérebro, que não consegue se adaptar a essas mudanças bruscas.
De quebra, isso pode embaraçar a memória. Como o hipocampo é prejudicado durante as crises, a fixação das lembranças é mais difícil. Isso acontece porque, segundo pesquisas, a memória é muito sensível às mudanças de humor. Como em pessoas bipolares isso ocorre de forma impetuosa e reiterada, aquela capacidade cerebral se torna danificada.
A falta de tratamento adequado ainda faz com que as crises se tornem mais intensas e mais frequentes. Há mais exigência por parte do cérebro, que deteriora cada vez mais conexões neurais. Como se trata de uma doença crônica, o efeito na região também é progressivo.
Como é feito o tratamento do transtorno bipolar?
Não há uma solução universal para esse tipo de transtorno. De fato, cada paciente reage de uma maneira muito particular. E também cada quadro apresenta suas peculiaridades, como o grau do problema e como a família do paciente encara a situação com ele.
Em geral, os tratamentos mais comuns envolvem a realização de terapias, somadas ou não à administração de medicamentos — prescritos de forma personalizada.
Atualmente, uma nova possibilidade tem ganhado espaço nas terapêuticas de transtornos e crises: a estimulação magnética transcraniana. Nela, são enviados incitamentos magnéticos para o cérebro, de modo a criar novas conexões entre os neurônios e fortalecê-las.
Feito de maneira indolor, a técnica ajuda a diminuir as crises e também possui uma rápida resposta e elevada eficácia.
Como buscar ajuda?
O tratamento deve começar tão logo o problema seja diagnosticado. Quanto menos tempo o cérebro passar pelas crises sem o devido cuidado, mais protegido ele ficará. Para isso, é preciso buscar a ajuda de profissionais especializados.
Se você desconfia que tem essa condição ou se já tem o diagnóstico, busque uma equipe preparada para te ajudar a realizar o melhor manejo da situação. Isso não apenas protege o seu órgão mais vital, mas também aumenta a qualidade de vida.
Tratar o transtorno bipolar é crucial para aumentar a qualidade de vida e, principalmente, a fim de proteger a atividade cerebral.
Sabendo disso, marque já uma consulta e comece a cuidar da sua saúde psicológica.