Tratamento Dependência Química

O que é Dependência Química

Atualmente, o uso de substâncias psicoativas que podem causar abuso (normalmente conhecidas como “drogas”) ocorre em todos os países do mundo, em todas as faixas etárias e em todas as classes sociais.

Infelizmente, esse uso é cada vez maior, tanto de drogas lícitas, legalizadas, como o álcool e o tabaco, como de drogas ilícitas, como a maconha, a cocaína, as anfetaminas, crack, opióides e, hoje em dia, cada vez mais, de anabolizantes.

Para que possamos ter idéia da magnitude do problema, seguem alguns dados atuais: Cerca de 4,5% da população mundial apresenta consumo de drogas ilícitas em algum momento de suas vidas. Quando trata-se de drogas legalizadas, como álcool e tabaco, esse consumo chega a 50%! A idade média para o início do uso de substâncias psicoativas é de 15 anos.

Em estudo recente realizado na região metropolitana de São Paulo, 10,6% das pessoas entrevistadas apresentavam algum grau de prejuízo em suas vidas decorrentes do uso de álcool e 3,6% tinham critérios para dependência de álcool em algum momento de sua história.

De que forma essas substâncias agem no nosso corpo para levar a um consumo tão intenso, apesar dos conhecidos problemas que causam?

Cada uma das substâncias com potencial de causar abuso age de forma diferente e específica no organismo humano, especialmente nas estruturas e funções cerebrais. De um modo geral, essas substâncias possuem algumas características em comum: são capazes de produzir resultados físicos e psíquicos extremamente prazerosos e desejáveis em curto prazo;  tais efeitos são produzidos com esforço muito menor do que o necessário para se obter prazer em outras fontes; os efeitos tendem a ser passageiros; essas drogas são capazes de causar tolerância (utilizar quantidades cada vez maiores da substancia para atingir o efeito desejado); são capazes de causar sintomas de abstinência ( sintomas físicos e mentais desagradáveis e, em alguns casos, potencialmente letais, quando se pára de consumir a substância abruptamente).

Essas características, principalmente as três primeiras, são biológicamente e comportamentalmente muito fortes, tanto no ser humano quanto em qualquer animal. Elas ativam intensamente circuitos cerebrais ligados ao centro de prazer e recompensa. Assim, podem levar os indivíduos a buscarem cada vez mais o seu uso, fazendo com que se gaste muito tempo e energia buscando esse resultado rápido, intenso e passageiro. Com o tempo, esse comportamento pode acabar tomando o espaço de ações que levam o indivíduo a busca de valores importantes para sua vida, mas que necessitam de mais tempo e esforço, como família, relacionamentos, profissão.

Dependência Química

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Para quem é indicado?

Um diagnóstico definitivo de dependência deve usualmente ser feito somente se três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido experenciados ou exibidos em algum momento do ano anterior:

  • Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância
  • Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término e níveis de consumo
  • Um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência para a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência
  • Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas
  • Abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para se recuperar de seus efeitos
  • Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas. Deve-se fazer esforços claros para determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e extensão do dano.

Como funciona?

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Abordagem e modelo de tratamento único

Cada indivíduo necessita de uma abordagem e modelo de tratamento únicos, individualizados com base no padrão de uso, no ambiente, na existência de outros quadros associados (como doenças físicas, quadros de depressão, ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade, que são muito comuns em pacientes com dependência de substâncias) e na formação familiar e social.

Para a realização de um diagnóstico de padrão de uso, avaliação de necessidade de exames, presença de outros quadros psiquiátricos e elaboração de uma estratégia de tratamento é necessária uma consulta inicial.

Na grande maioria dos casos, os indivíduos que apresentam problemas relacionados ao uso de substâncias apresentam uma motivação ambivalente para o tratamento. Como o efeito da droga no organismo e no psiquismo é muito intenso, é normal que haja uma parte do indivíduo que deseje continuar a fazer uso da substância e uma parte que perceba que está abrindo mão de coisas importantes em sua vida, que deseje a ocorrência de uma mudança. Essa ambivalência deve ser abordada de forma natural, evitando-se julgamentos e críticas e, sim, aliando-se ao desejo de mudança, motivando para uma consulta inicial.

Plano de tratamento

Tratamento de complicações clínicas

Abordagens motivacionais

Tratamento psicoterápico

Abordagem familiar

Atividade física especializada

Uso de algumas medicações, tanto para diminuir comportamentos impulsivos, como para abordar sintomas de abstinência e quadros psiquiátricos que possam estar associados

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