Ser uma pessoa legal gera bem-estar e oportunidades

Saúde e bem-estar

Estudo diz que característica é programada na mente, mas conclusão divide opiniões

Diz o ditado que é preciso fazer o bem sem olhar a quem. Mas parece que algumas pessoas levam o conselho mais a sério do que as demais, e a explicação pode ser biológica. Segundo dois novos estudos realizados na Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos, indivíduos “legais” apresentam  tividade mais intensa em regiões do cérebro relacionadas à empatia — capacidade de se colocar no lugar do outro —, o que significa que talvez a generosidade seja uma característica programada.

Tendo nascido ou não com a pessoa, uma questão que ainda divide os especialistas, oaltruísmo, ninguém duvida, é vantajoso para a saúde. —Tudo que se faz com dedicação é melhor. Ao fazer o bem para o outro, a pessoa se sente bem também — diz  psicóloga Luciana de la Peña, do Espaço Trocando Ideias.

De acordo com o psiquiatra Bruno Machado, médico da Universidade de São Paulo (USP),  esquisas mostram que a realização de atos benéficos ativa o centro de recompensa cerebral de forma semelhante ao recebimento de um prêmio, com a vantagem de o bem-estar provocado ser mais estável e duradouro. —Algumas pessoas, por terem mais facilidade de ser empáticas, desenvolvem melhor as amizades e, assim, criam oportunidades para elas próprias.

Às vezes, quem não é egoísta acaba trazendo um bem maior para si próprio do que para outro indivíduo — pondera o especialista. Para Luciana, é preciso estimular os pequenos, desde cedo, a só fazer com os demais o que gostariam que fizessem com eles: — Dar carinho e amor às crianças é importante. É delas que vem um mundo novo.

Construção social e genética

Segundo Bruno Machado, evidências científicas anteriores já tinham demonstrado que algumas pessoas são mais legais do que outras devido à  rogramação cerebral. — Se pensarmos nas crianças de 5 ou 6 anos que já têm o espírito de colaborar com quem não conhecem de forma espontânea, e nas pessoas que praticam atos heroicos, podemos perceber que eles agem sem raciocinar muito, o que dá ideia de que o altruísmo é mais instintivo do que pensado. Claro que isso não significa que a generosidade não possa ser construída, mas o lado inato é importante — afirma o médico. Já Luciana de la Peña discorda. Para ela, o incentivo social que se recebe para praticar o bem pesa mais nessa conta. — Ser legal é resultado de uma construção do comportamento e das vivências que cada um teve desde o que em que nasceu.

O componente genético existe, mas ele vai se desenvolver ou não dependendo do que vai formar o caráter da pessoa — opina a psicóloga.

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